ARTE E POLINIZAÇÃO: UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v8i2.264Resumo
A polinização é o processo que permite a reprodução sexuada das Angiospermas, garantindo a variabilidade genética dessas espécies (Raven et al., 2014). A teoria da coevolução, proposta por Ehrlich & Raven (1964), destaca a evolução mútua entre plantas e polinizadores, resultando em adaptações benéficas para ambos e sendo crucial para a biodiversidade e estabilidade dos ecossistemas. Polinizadores são vitais para a segurança alimentar e biodiversidade, mas enfrentam ameaças como mudanças no uso da terra, mudanças climáticas, pesticidas e espécies invasoras (Pots et al., 2016). A polinização sustenta 75% das culturas globais (Tamburini et al., 2019), sendo essencial para a produção de alimentos e a sobrevivência das espécies. Reconhecendo que a flor é a interface de comunicação entre plantas e polinizadores (Harder & Barrett, 2006; Brito et al., 2014) e que flores são admiradas desde a pré-história (Goody, 1993), desenvolveu-se uma sequência didática investigativa no Ensino Médio. Utilizando a arte como ferramenta pedagógica, a metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) foi empregada para integrar diferentes áreas do conhecimento, tornando o aprendizado mais significativo. A atividade central consistiu na produção de quadros decorativos com flores desidratadas, explorando a biodiversidade local e destacando a importância dos polinizadores. O estudo visa desenvolver uma proposta pedagógica interdisciplinar para o aprendizado de Botânica, destacando a importância da polinização e integrando a arte como recurso didático, seguindo os princípios da abordagem STEAM. Busca-se promover o protagonismo dos alunos, incentivando a observação, pesquisa, experimentação, análise e comunicação de resultados relacionados à botânica floral .
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Referências
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