PROJETO BAOBÁ: A PRAÇA RÚTILO PINHEIRO COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO SOBRE A CONSCIÊNCIA NEGRA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v8i2.263Abstract
O Dia da Consciência Negra, agora feriado nacional, é fundamental para refletirmos sobre a história e contribuições do povo negro no Brasil, além de ser uma oportunidade para abordar temas como racismo e intolerância religiosa nas escolas. Segundo Silva e Souza (2020), a educação desempenha um papel essencial na desconstrução de estereótipos e no combate ao preconceito. Barbosa (2018) destaca que trabalhar a história da escravidão e a cultura negra nas escolas contribui para a criação de um ambiente mais inclusivo e fortalecido na luta contra o racismo, promovendo uma sociedade mais igualitária. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta as escolas a promoverem a valorização da diversidade étnico-racial, e o currículo da EJA em Pernambuco enfatiza práticas pedagógicas que conectam as vivências dos estudantes. Nesse contexto, o Projeto Baobá foi idealizado para refletir sobre a Consciência Negra, com uma intervenção na Praça Rútilo Pinheiro, em Vitória de Santo Antão, abordando a história, cultura e contribuições da população negra. A realização em um espaço público fortalece o engajamento da comunidade e estimula reflexões sobre questões sociais e culturais. Estudos indicam que ações educacionais em espaços comunitários promovem inclusão e diminuem a evasão escolar, especialmente quando abordam temas de relevância social e cultural para os estudantes (Revista Educação Pública, 2023). O projeto, além de enriquecer a experiência educacional dos estudantes da EJA, desempenhou um papel essencial ao promover o protagonismo desses estudantes, incentivando-os a participar ativamente tanto do processo de aprendizagem quanto da transformação de sua comunidade. Essa abordagem é especialmente relevante para estudantes da EJA, que frequentemente enxergam a educação como um meio prático para superar desafios de suas vivências e melhorar sua qualidade de vida. Ao desenvolver um projeto que conecta o aprendizado à realidade sociocultural dos estudantes, a escola cumpre um papel crucial de engajamento e inclusão (Frison, 2004; Brandão, 2006). Assim, iniciativas como essa reafirmam o potencial da educação não apenas como instrumento de conhecimento, mas também como potencializadora de mudanças sociais significativas, fortalecendo os laços entre a escola e a comunidade.
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References
BARBOSA, Elisa. Educação antirracista nas escolas: desafios e perspectivas. Cadernos de Educação, v. 23, n. 4, p. 15-28, 2018.
BRANDÃO, C. R. O que é educação popular. São Paulo: Brasiliense, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
FRISON, L. M. B. Educação e comunidade: reflexões sobre o papel da escola nos espaços públicos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Revista Educação Pública. Políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Disponível em: . Acesso em 27 de nov. de 2024
SILVA, M; SOUZA, P. O papel da educação na luta contra o racismo. Revista Brasileira de Educação, v. 34, n. 2, p. 67-80, 2020.