AS CONTRIBUIÇÕES DO CICLO DA EXPERIÊNCIA KELLYANA PARA O ENSINO DE FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS NUMA ABORDAGEM INVESTIGATIVA
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v2i2.157Palavras-chave:
Abordagem investigativa, Ciclo da experiência Kellyana, Funções orgânica oxigenadasResumo
O ensino por investigação, por ser uma abordagem que se insere no âmbito das inovações no ensino de Ciências, rompe com o ensino tradicional de Química, em que o foco está na reprodução dos conteúdos, expostos pelo professor, como o centro do conhecimento, e que são trabalhados de forma descontextualizada, provocando nos estudantes o desinteresse em aprender. Segundo Kelly (1963), a aprendizagem não é algo especial que acontece apenas nas escolas, ou em algumas ocasiões, mas um processo diretamente ligado à vivência de uma experiência, que é composta por um ciclo que contém cinco etapas. Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo geral analisar as contribuições da utilização do CEK numa abordagem investigativa para aprendizagem de conceitos nas aulas de Química do 3º ano do Ensino Médio. Como sujeitos da pesquisa, participaram uma professora de Química e 24 (vinte e quatro) estudantes. Para coleta de dados, foram realizadas: entrevista semi estruturada com a professora, aplicação de questionários e roda de conversa com os estudantes, a partir de uma intervenção. A metodologia utilizada na intervenção contemplou as etapas do CEK dialogada com uma abordagem investigativa proposta por Carvalho (2013). De acordo com os resultados obtidos, observamos que a professora utilizava em algumas aulas uma abordagem investigativa, no entanto, observamos que essa prática não é tão usual no cotidiano da sala de aula, devido a vários aspectos que limitam, na opinião da professora a sua aplicação. Apesar disso, observamos também que os estudantes entenderam a proposta da pesquisa, se envolveram no CEK e obtiveram bons resultados durante o processo. Ressaltamos que momentos como esses sejam mais oportunizados nas aulas de Química, através de formações continuadas nessa perspectiva, para que os professores possam refletir cada dia mais acerca dos resultados positivos de seus alunos.
Referências
BIANCHINI, T. B.; ZULIANE, S. R. Q. A. A investigação orientada como instrumento para o ensino de eletroquímica. Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, nov.2008.
BORGES,R.C.P.Formação de formadores para o ensino de ciências baseado em investigação. 2010. 257 f. Tese (Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação: Ensino de Ciências e Matemática, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo,2010.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio - Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
CARVALHO (org). Ensino de Ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
FIORUCCI, A. R.; SOARES, M. H. F. B.; CAVALHEIRO, E. T. G. A importância da vitamina C na saciedade através dos tempos. Química Nova na Escola, São Paulo, v.17, p.03-07,2003.
GIL PÉREZ, D. VALDES CASTRO, P. La orientación de las practices de laboratorio como invetigagación: un ejemplo ilustrativo. Enseñanza de las ciencias, 14 (2), 1996.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, n. 10, p. 43-49, 1999.
KELLY, G. A. A theory of personality: the psychology of personal constructs. New York:
W.W. Norton, 1963.
LUCA, A. G. O Ensino de Química e algumas considerações. Revista Linhas, v. 2, n. 1, 2001.
MORTIMER, E. F.; SCOTT, P. Atividade discursiva nas salas de aula de ciências: uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 7, n. 3, p. 3, 2002.
MUNFORD, D.; LIMA, M. E. Ensinar ciências por investigação: em quê estamos de acordo?Revista ensaio.v.9, n.1, p. 98-111, jan. 2007.
NEWMAN, William J. et al. Dilemmas of teaching inquiry in elementary science methods. Journal of Science teacher education, v. 15, n. 4, p. 257-279, 2004.
PAZINATO, M. S. et al. Uma abordagem diferenciada para o ensino de funções orgânicas através da temática medicamentos. Química Nova na Escola, v. 34, n. 1, p. 21-25, 2012.
GIL PÉREZ, D. et al. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru), v. 7, n. 2, p. 125-153, 2001.
RODRIGUEZ, J et al. ¿Cómo enseñar? (1995) Hacia una definición de las estratégias de enseñanza por investigación. Investigación em la escuela, n. 25.
SAMPIERI,R.H.;COLLADO,C.F.;LUCIO,M.P.B. Metodologia de pesquisa. 5.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 624p. (Série Métodos dePesquisa).
SEDANO, L.; CARVALHO, A. M. P. Ensino de ciências por investigação: oportunidades de interação social e sua importância para a construção da autonomia moral. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 199-220, maio 2017.
SILVA, S. L. A.; FERREIRA, G. A. L.; SILVA, RR da. À procura da vitamina C. Química Nova na Escola, v. 2, p. 31-32, 1995.
SOLOMONS, T.W.G.; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. 9 ed. Rio deJaneiro: LTC, 2009.
ZÔMPERO, A. F.; LABURÚ, C. E. Atividades investigativas no ensino de ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens. Revista Ensaio, v. 13, n. 3, 2011.