BIO EVOLUTION: JOGO DE TABULEIRO NO ENSINO DE EVOLUÇÃO EM AULAS VIRTUAIS

BOARD GAME IN TEACHING EVOLUTION IN VIRTUAL CLASSES

Autores

  • Ana Beatriz Araujo Dantas IFPI - Campus Teresina Central
  • Francisco de Assis Diniz Sobrinho IFPI - Campus Teresina Central
  • Jeiza Diely Saraiva Albuquerque Ferreira IFPI - campus Teresina Central

DOI:

https://doi.org/10.31692/ijetpdvl.v5i1.203

Palavras-chave:

Ensino Médio, Evolução, Jogo didático, Metodologia ativa, Virtual.

Resumo

O presente artigo apresenta a aplicação de um jogo de tabuleiro em turmas de Biologia do 3º ano do Ensino Médio durante as aulas remotas no Instituto Federal do Piauí - Campus Teresina Central. Dentro do contexto da pandemia do SARS-COV 2, muitas escolas adotaram o modelo de aulas virtuais, a partir disso, muitas complicações surgiram desde 2020 e uma delas é a forma de ensinar, em que, apesar de ferramentas tecnológicas serem utilizadas, a falta de contato e interações afetam a qualidade do ensino, por isso, faz-se necessário o uso de metodologias ativas que vão motivar os alunos e tornar a aprendizagem mais interessante e dinâmica. Em biologia, alguns conteúdos são transversais e atemporais, como é o caso da Evolução Biológica, estudada desde o Ensino Fundamental, até suas formas mais aprofundadas. A partir dessa necessidade foi criado o jogo de tabuleiro Bio Evolution com o objetivo de validar o uso de metodologias ativas e analisar a aprendizagem decorrente de sua execução nos conteúdos de Evolução. Para isso, foram elaborados três formulários, o primeiro contendo questões relativas ao perfil dos alunos e específicas de Evolução, que foi aplicado antes do jogo didático. O segundo questionário contendo questões de avaliação do jogo didático e da metodologia utilizada e também possui questões específicas do conteúdo de Evolução retiradas da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB). E finalmente, o terceiro formulário que foi um simulado, aplicado 5 dias após a aplicação do jogo, contendo cinco questões da OBB, para validação de aprendizagem. A partir da análise dos resultados foi verificado que os alunos demonstraram uma aprendizagem significativa dos principais conceitos de Evolução Biológica e se mostraram muito satisfeitos com a metodologia. Concluindo, apesar de algumas dificuldades acontecerem durante o processo de ensino-aprendizagem, as metodologias ativas são grandes incentivos à participação ativa dos alunos e contribuem para relações saudáveis de competição e cooperação.

Referências

ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola. 2003.

ALTERS, B. J.; NELSON, Craig E. Perspective: Teaching evolution in higher education. Evolution, v. 56, n. 10, p. 1891-1901, 2002.

ARAÚJO, I. Gamificação: metodologia para envolver e motivar alunos no processo de aprendizagem. Educação na Sociedade do Conhecimento, Salamanca, Espanha, v. 17, ed. 1, p. 87-107, 2016. Disponível em: https://www.torrossa.com/en/resources/an/3139727. Acesso em: 2 set. 2021.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec. 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio

Biologia. Brasília: MEC, 2017.

Burke, B. GAMIFY: How Gamification Motivates People to do Extraordinary Things. EUA: Gartner, Inc. 2014.

DARWIN, C. A origem das espécies. 3. ed. São Paulo: Editora Martin Claret. 1859 [2004].

DODICK, J.; DAYAN, A.; ORION, N.. Philosophical approaches of religious Jewish science teachers toward the teaching of ‘controversial’ topics in science. International Journal of Science Education, v. 32, n. 11, p. 1521-1548, 2010.

FERREIRA, Maíra da Silva Navarro; SILVA, Edson Pereira da. Jogos tipo “bean bag” em aulas de evolução. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências: Belo Horizonte, v. 19, 2017.

GONZAGA, G. R.; MIRANDA, J. C.; FERREIRA, M. L.; COSTA, R. C.; FREITAS, C. C. C.; FARIA, A. C. de O. Jogos didáticos para o ensino de Ciências. Educação Pública, v. 17, nº 7, p. 1-11, 2017.

HALL, G. E.; WOIKA, S. A. The fight to keep evolution out of schools: The law and classroom instruction. The American Biology Teacher, v. 80, n. 3, p. 235-239, 2018.

Kapp, K. M. The Gamification of Learning and Instruction: Game-based methods and strategies for training and education. Pfeiffer: San Francisco. 2012.

LERNER, Lawrence S. Good science, bad science: Teaching evolution in the states. 2000.

LEVINSON, R.; TEIXEIRA, P. P. Crenças religiosas e evolução: um modelo para o diálogo em aula. Revista de Ciencias de la Información, Alexandría, v. 11, n. 1, p. 195-216, 2018.

MARTINS, L. A-C. P. A herança de caracteres adquiridos nas teorias “evolutivas” do século

XIX, duas possibilidades: Lamarck e Darwin. Filosofia e História da Biologia, São Paulo, v.10, n.1, p.67-84, 2015.

MENDONÇA, V. L. Biologia: o ser humano, genética, evolução. 3. ed. São Paulo: AJS, 2016. 388 p. ISBN 978-85-8319-122-3.

MOORE, D.; HOLBROOK, C. T.; MEADOWS, M. G.; TAYLOR, L. A. The mating game: a classroom activity for undergraduates that explores the evolutionary basis of sex roles. The American Biology Teacher, California, v. 74, n. 9, p. 648-651, nov/dez. 2012.

MOREIRA, C. Seleção Artificial. Revista de Ciência Elementar. Porto, Portugal, v. 3, n. 3, p. 164, out. 2015. Disponível em: https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2015/164/. Acesso em: 02 set. 2021.

MOREIRA, J. A.; MONTEIRO, A. M. Ensinar e aprender online com tecnologias digitais: abordagens teóricas e metodológicas. Porto: Porto Editora, 2012.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa - características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em Administração, São Paulo, v.1, nº 3, 2º sem. 1996.

SÁNCHEZ, I.; PERIS, F. J. Gamificación. Education in the Knowledge Society (EKS), v. 16, n. 2, p. 13-15, 1 jul. 2015. Disponível em: https://revistas.usal.es/index.php/eks/article/view/eks20151621315. Acesso em: 28 jul. 2021.

SIANI, M.; YARDEN, A.. Evolution? I don’t believe in it. Science & Education, v. 29, n. 2, p. 411-441, 2020.

SILVA, M. T.; SANTOS, C. M. D. Uma análise histórica sobre a seleção natural: de Darwin-

Wallace à síntese estendida da Evolução. Revista de Educação em Ciências e Matemática,

v.11, n.22, p.46-61, 2015.

RIDLEY, M. Evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006a.

RIDLEY, M. Evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006b.

RIDLEY, M. Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 752 p.

SAS - Plataforma de Educação. Disponível em: https://blog.saseducacao.com.br/ferramentas-digitais-interativas/. Acessado em: 02 set. 2021.

TIDON, R. A teoria evolutiva de Lamarck. Genética na escola. v.9, n.1, p.64-70, 2014.

TIDON, R.; LEWONTIN, R. C. Teaching evolutionary biology. Genetics and molecular biology, v. 27, n. 1, p. 124-131, 2004.

ZICHERMANN, G., & LINDER, J. The gamification Revolution: how leaders leverage game mechanics to crush the competition. EUA: Mc Graw Hill Education. 2013.

Downloads

Publicado

30.04.2022

Como Citar

BIO EVOLUTION: JOGO DE TABULEIRO NO ENSINO DE EVOLUÇÃO EM AULAS VIRTUAIS: BOARD GAME IN TEACHING EVOLUTION IN VIRTUAL CLASSES. (2022). INTERNATIONAL JOURNAL EDUCATION AND TEACHING (PDVL) ISSN 2595-2498, 5(1), 72-92. https://doi.org/10.31692/ijetpdvl.v5i1.203

Artigos Semelhantes

1-10 de 168

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.