MODELO DIDÁTICO DE CÉLULA AMPLIADA COMO FERRAMENTA PARA A DISCUSSÃO DO CONTEÚDO BIOLOGIA CELULAR NO ENSINO MÉDIO
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v8i1.250Palavras-chave:
Citologia, estratégias de ensino-aprendizagem, ludicidade, educação básica.Resumo
Apesar das possibilidades, a disciplina de Biologia ainda é abordada majoritariamente de forma tradicional. Verifica-se uma necessidade ampliada de diversificação metodológica em conteúdos que apresentam alto nível de complexidade, abstração ou dificuldade de compreensão, como a Biologia Celular. Nesse sentido, a diversificação de estratégias de ensino permite ao professor valorizar diferentes estilos de aprendizagem e possibilita a inclusão dos discentes como agentes participativos na construção do próprio conhecimento. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de um modelo didático de célula ampliada como ferramenta pedagógica para a discussão do conteúdo de Biologia Celular no ensino médio. A pesquisa é classificada como descritiva, de caráter quanti-qualitativo, tendo como público-alvo discentes do segundo ano do ensino médio de uma instituição federal de ensino localizada em Uruçuí-PI. Aos discentes, foram apresentados os objetivos da pesquisa, sendo o convite à participação formalizado por meio da assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os maiores de idade, ou de um Termo de Responsabilidade (TR) destinado aos responsáveis pelos menores participantes. Após o consentimento, os participantes responderam a um questionário inicial (Q1), contendo questões que buscavam explorar suas percepções relacionadas ao lúdico e à Biologia Celular, além de perguntas baseadas em vestibulares brasileiros, com o intuito de avaliar os conhecimentos prévios dos discentes sobre o tema. Em seguida, foi ministrada uma aula que replicou as principais estruturas celulares eucariontes em uma sala com perímetro de 11,8 metros, proporcionando uma experiência imersiva, como se os discentes estivessem dentro de uma célula. Após a aula, foi aplicado um segundo questionário (Q2), que incluía as mesmas questões de vestibular do Q1, além de perguntas sobre a percepção dos discentes em relação à ferramenta de ensino utilizada. Para a análise dos dados, foram realizadas comparações percentuais das respostas dos participantes, e para as questões de vestibular foi utilizada análise estatística por meio do teste de McNemar. A partir das análises, verificou-se uma melhora significativa na porcentagem de acertos em todas as questões, evidenciando a eficácia da célula ampliada como ferramenta didática para a discussão do conteúdo de Biologia Celular. Além disso, observou-se uma aprovação massiva quanto ao método de ensino aplicado, com impacto positivo no aprendizado dos conteúdos propostos. Assim, destaca-se a importância da diversificação metodológica e da inserção de aulas mais atrativas e lúdicas, visando promover uma aprendizagem significativa e ressignificar o processo de construção do conhecimento.
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