A PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA CONFRONTADA COM O IMAGINÁRIO DO PESQUISADOR
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v1i2.44Palavras-chave:
Problematização, Imaginário do pesquisador, Orientação de pesquisaResumo
De acordo com Durkheim (1894; 1897), Dewey (1938), Bachelard (1953) e Bourdieu (1997), toda pesquisa precisa produzir um novo saber. Porém, isso depende não só da metodologia e da fundamentação teórica, mas antes de tudo, da maneira de pensar o problema. Ora, a problematização, já bastante difícil para os pesquisadores experientes, se torna mais difícil para os mestrandos e doutorandos. Pensando nestes e em seus orientadores, o presente artigo visa a responder as seguintes perguntas: Em que consiste a atividade da problematização? Em que fonte o pesquisador baseia a problematização da sua pesquisa? A partir da nossa experiência enquanto orientador, constatamos que a principal fonte da problematização vem do imaginário do pesquisador. Daí a pergunta: Como o orientador pode lançar mão do tipo de imaginário do seu aluno para ajudá-lo? Este estudo combina as estruturas antropológicas do imaginário segundo Durand (1969), com suas dimensões sociais que são a ideologia e a utopia, no sentido de Ricoeur (1997). Nossa contribuição original consiste em propor uma tipologia do imaginário combinando as teorizações precitadas a fim de servir aos orientadores, inclusive quando percebem que o aluno está bloqueado e não consegue problematizar.