EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DO ENTORNO DA RPPN FAZENDA ALMAS: VIVÊNCIAS INTEGRADORAS COM DISCENTES NO CARIRI PARAIBANO

Autores

  • Karoline Maria da Silva Soares UFPB
  • Myller Gomes Machado UFPB
  • Francisco José Pegado Abílio UFPB

DOI:

https://doi.org/10.31692/2595-2498.v2i3.100

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Caatinga, Natureza, Meio Ambiente

Resumo

A caatinga ocupa cerca de 10% de todo território brasileiro e é um dos biomas que mais sofre com a ação antrópica. Diante desse cenário surge a importância de trabalhar com a Educação Ambiental (EA) nessa região não apenas para alertar sobre os impactos ambientais que ocorrem na ocorridos, mas também sensibilizar os cidadãos sobre sua convivência com o meio ambiente. Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa foi de desvelar para os discentes das escolas do entorno da RPPN Fazenda Almas a efetivação de uma educação ambiental contextualizada para o bioma Caatinga. A metodologia tratou-se de uma pesquisa de natureza aplicada de abordagem qualitativa, utilizando procedimentos técnicos da pesquisa do participante e elementos da teoria do biorregionalismo. O trabalho ocorreu com alunos da EEEFM Bartolomeu Maracajá, no município de São José dos Cordeiros-PB. Para análise da percepção dos discentes foram utilizados questionários estruturados pré e pós-teste onde os alunos foram submetidos a questões ambientais. Quando questionados sobre “o que vem a ser meio ambiente” houve categorias que mais se sobressaíram, no pré-teste 42% dos alunos possuíam uma visão “generalista”, já no pós-teste essa porcentagem caiu para 14% seguido de “como recurso” expressando-se 25% no pré-teste e 18% no pós-teste. Quando questionados sobre “o que vem a ser natureza” 35% dos alunos possuem uma visão “generalista”, aparecendo apenas no pré-teste, já no pós-teste a nova categoria que surgiu e que mais sobressaiu foi “como ecossistema”. Quando questionados sobre “o que vem a ser EA” 40% dos discentes responderam no pré-teste que é uma “disciplina curricular”, já no pós-teste expressou-se uma nova categoria com 40% da educação ambiental como sendo “crítica”. Quando questionados sobre “quais os impactos ambiental ocorridos na região” 60% dos discentes no pré-teste associaram as “queimadas” e no pós-teste 45% associaram aos agrotóxicos, sendo um tema bastante trabalhado nas vivências. Quando questionados sobre a RPPN Fazenda Almas 30% dos discentes já visitaram o local, 60% dos discentes nunca visitaram e 20% nunca ouviram falar.  As ações realizadas na escola foi bastante importante para que os discentes pudessem conhecer algumas questões ambientais, bem como conhecer o patrimônio da RPPN Fazenda Almas.

Referências

ABÍLIO, F. J. P.; FLORENTINO, H. S. Impactos ambientais na Caatinga. In: ABÍLIO, F. J. P. (Org). Bioma Caatinga: Ecologia, biodiversidade, educação ambiental e práticas educativas. João Pessoa: Ed. Universitária, 2010a.

ABÍLIO, F. J. P.; FLORENTINO, H. S.; RUFFO, T. L. M. Educação Ambiental no Bioma Caatinga: formação continuada de professores de escolas públicas de São João do Cariri, Paraíba. Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 5, n. 1, p. 171-193, 2010.

ABÍLIO, F. J. P.; GOMES, C.S.; SANTANA, A.C.D. Bioma Caatinga: caracterização e aspectos gerais. In: ABÍLIO, F.J.P. (Org.). Bioma Caatinga: ecologia, biodiversidade, educação ambiental e práticas pedagógicas. João Pessoa: UFPB/ Ed. Universitária, 2010, p.13-30.

ARAÚJO, C.S.; SOBRINHO, J.F. O Bioma Caatinga no Entendimento dos Alunos da Rede Pública de Ensino da Cidade de Sobral – Ceará. Revista Homem, Espaço e Tempo, 2009.

Articulação do Semiárido (ASA). Semiárido – é no Semiárido que a vida pulsa! Disponível em: <http://www.asabrasil.org.br/semiarido>. Acesso em: 26 Abr. 2018.

BASTIAN, H. Música na Escola: a contribuição do ensino da música no aprendizado e no convívio social da criança. São Paulo: Paulinas, 2009.

BRASIL. PCN + Ensino Médio: Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC; SEMTEC, 2002.

BRASIL. Política Nacional de Meio Ambiente. Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 15 mar. 2016.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Caatinga. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga Acesso em: 27 Abr. 2018a.

CIRILO, J. A.; FERREIRA, J. P. L.; CAMPELLO NETTO, M. S. C. Aspectos gerais das regiões semi-áridas, áridas e processos de desertificação. In: CIRILO. J. A. et al. (Org). O uso sustentável dos recursos hídricos em regiões Semi-áridas. Recife: EDUFPE, 2007, p. 19-31.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis,. 2000.

GALVÃO, M.N.C. Possibilidades Educativas do Teatro de Bonecos nas escolas públicas de João Pessoa. 1996. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de
Educação, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 1996.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2016.

GOÉS, R. S. A música e suas possibilidades no desenvolvimento da criança e o aprimoramento do código linguístico. Revista do Centro de Educação a Distância - CEAD/UDESC. 2 (1), 27-43, 2009.

IBGE. São José dos Cordeiros. Disponível em: <http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=251480&search= paraiba|sao-jose-dos-cordeiros>. Acesso em: 02 mar. 2016.

LEAL, I.R. et al. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do Nordeste do Brasil. Revista Megadiversidade, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, 2005.

LEFF, E. Aventuras da epistemologia ambiental: da articulação das ciências ao diálogo de saberes. São Paulo: Cortez, 2012.

LIMA, I. B. Levantamento Florístico da Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Almas, São José dos Cordeiros – PB. Monografia. Universidade Federal da Paraíba – UFPB, 2004.

LIMA, M. E. C. Feiras de ciências: o prazer de produzir e comunicar. In: PAVÃO, A.C.; FREITAS, D. Quanta ciência há no ensino de ciências. São Carlos:
EduFSCar, 2008.

MACAMBIRA, D. M. O Semi-árido nordestino: estratégias para o desenvolvimento sustentável. Rev. Princípios, v. 83, p. 33-38, 2006.

MANCUSO, R. Feira de Ciências: produção estudantil, avaliação, conseqüências.Contexto Educativo Revista Digital de Educación y Nuevas Tecnologías,
Buenos Aires, v. 6, n. 1, p. 1-5, 2000.

MEDEIROS, S. S. et al. Sinopse do Censo Demográfico para o Semiárido Brasileiro. Campina Grande: INSA, 2012.

PEREIRA, D.D. Cariris Paraibanos: do sesmarialismo aos assentamentos de reforma agrária. Raízes da desertificação? Tese (Doutorado em Recursos Naturais) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2008.

PRODANOV, C.C.; FREITAS, E.C. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

RIBEIRO, M.M.G.; FERREIRA, M.S. Oficina Pedagógica: uma estratégia de ensino-aprendizagem. Natal: EDUFRN, 2001.

RICHARDSON, R.J. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3.ed. Revista eampliada. São Paulo: editora Atlas S.A, 1999.

SANTOS, C. F.; SCHISTEK, H.; OBERHOFER, M. No Semi-árido, viver é aprender. Gráfica Franciscana, 2007.

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: Rima, 2002.

UNESCO. CONFITEA: Declaração de Hamburgo. Brasília: SESI/UNESCO, 1997.

VELOSO, A. L.; SAMPAIO, E. V. S. B.; PAREYN, F. G. C. Ecorregiões propostas para o bioma Caatinga. Associação Plantas do Nordeste. Instituto da Conservação Ambiental The Nature Conservancy do Brasil. Recife. 76p. 2002.

VILAR FILHO, M. D. O Sertão frugal e verdadeiro – crônica de uma convicção. Disponível em: <http://remabrasil.org:8080/virtual/r/remaatlantico.org/sul/Members/suassuna/artigos/o-sertao-frugal-e-verdadeiro-2013cronica-de-uma-conviccao-artigo-de-manoel-dantas-vilar-filho/> Acesso em: 12 Abr. 2018.

ZÓBOLI, G. Práticas de Ensino: subsídios para a atividade docente. São Paulo: Ática, 2004.

Downloads

Publicado

30.12.2019

Como Citar

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DO ENTORNO DA RPPN FAZENDA ALMAS: VIVÊNCIAS INTEGRADORAS COM DISCENTES NO CARIRI PARAIBANO. (2019). INTERNATIONAL JOURNAL EDUCATION AND TEACHING (PDVL) ISSN 2595-2498, 2(3), 29-48. https://doi.org/10.31692/2595-2498.v2i3.100

Artigos Semelhantes

1-10 de 152

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.