UMA VISÃO GEOGRÁFICA ACERCA DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE CONSUMO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO FAST-FOOD

Autores

  • Natália de Oliveira Gomes FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL - FACHUSC Autor
  • Gilson Brandão da Rocha Filho Autor

Palavras-chave:

Consumismo, degradação ambiental, agropecuária, políticas públicas, sociedade

Resumo

O produto até chegar ao consumidor final passa por um processo caracterizado por três etapas: a produção, circulação e consumo. No consumo os indivíduos buscam satisfazer suas necessidades. Porém, várias estratégias foram criadas ao longo do tempo para que o consumo por parte da população crescesse. O fast-food, produção industrial de comida desenvolvido inicialmente nos Estados Unidos, também se utiliza de estratégias para conquistar seu espaço. A famosa comida rápida, prática e eficiente, que é possível ingerir em qualquer lugar, em minutos, ganha diariamente mais espaço no mercado e a relação entre necessidade e desejo muitas vezes entra em conflito. Independentemente do que leva ao consumo desses alimentos, os impactos socioambientais do crescimento desse consumo afetam o planeta terra e seus recursos das mais variadas maneiras. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo identificar a relação entre consumismo relacionado ao fast-food e os impactos socioambientais resultantes e ainda a importância de levar tais debates para a sala de aula, do uso das geotecnologias e das organizações nesse cenário. Para alcançar esse fim, a pesquisa é exploratória e descritiva, contando com pesquisa bibliográfica como fonte de informação e coleta de dados. A natureza da pesquisa qualitativa. É possível perceber que os impactos gerados por esse sistema alimentar ficam implícitos e está relacionado a algumas dos componentes incluídos nas refeições e sua maneira predominante de embalar. Por essas características, o meio ambiente vem sofrendo grandes desmatamentos e poluições diversas. A principal autora utilizada nos embasamentos teóricos é Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza, que apresenta grandes trabalhos e reflexões no campo do consumo, fast-food e alterações na socioespaciais devido a existência desses padrões alimentares.  Diante das conclusões geradas, é perceptível a existência de implicações relevantes, supondo a importância da reflexão sobre os hábitos de consumo alimentares e a responsabilidade de cada cidadão pelo que ingere, já que esses hábitos geram consequências e nem sempre positivas, que merecem atenção por parte dos indivíduos e dos gestores. Deste modo, é possível constatar que o consumismo de refeições rápidas traz interferências negativas sobre o meio ambiente. Os impactos gerados para o meio natural também podem afetar a vida humana. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Natália de Oliveira Gomes, FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL - FACHUSC

    Técnica em Informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Também estou estudante do 8º período do curso de Licenciatura em Geografia Componho o time de Data science para Markenting no iFood. Amante do método cientifico. Produzo artigos desde o meu primeiro semestre de Graduação e ao longo dos últimos anos participei de eventos científicos apresentando meus trabalhos, adquirindo novos conhecimentos e tendo o prazer de escrever ao lado de pessoas de outras instituições, contribuindo para o entrelaçar de experiências e desejos de mudar o mundo da forma que é possível. Atualmente direciono direciono meu tempo para mergulhar na área de Dados e quem sabe, unir a essa ciência a ciência geográfica.

  • Gilson Brandão da Rocha Filho

    Mestre em Gestão Ambiental pelo Instituto Federa de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - MPGA/IFPE (2016.2). Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - CFCH/DCG/UFPE (2013.2). Licenciatura em Geografia pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER (2020.1). Especialista em Ciência Política: Poder e Estamblishment - UNINTER (2023.2). Especialista em Administração Pública e Gestão de Cidades Inteligentes - UNINTER (2024.1). Cursando Licenciatura em História - UNINTER (Atual). Tem experiência na área de Educação Ambiental, com ênfase em mudanças climáticas e alterações na paisagem. Foi Bolsista pelo CNPq no projeto: Tecnologias sociais para gestão e recuperação de áreas degradadas no alto trecho da bacia do Pajeú - Pernambuco. Foi professor e Coordenador do curso de Licenciatura em Geografia da Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central - FACHUSC e conselheiro titula da Floresta Nacional de Negreiros - FLONA Negreiros por quatro ano. Foi professor nos Estados de Pernambuco e Ceara e atualmente é professor efetivo do municipio de Parnamrim, Pernambuco.

Referências

ALBUQUERQUE, P. C. G. Desastres Naturais e Geotecnologias. GPS Cadernos didáticos, n. 3, São José dos Campos, SP: INPE, 2008.

ALVES, Ana Paula Aparecida Ferreira; SAHR, Cicilian Luiza Löwen. Geografia ensinada – geografia vivida? Conceitos e abordagens para o ensino fundamental no Paraná. Revista Discente Expressão Geográficas, Florianópolis, ano 5, n. 5, p. 49-60, maio 2009.

Atlas das pastagens brasileiras. LAPIG, 2019. Disponível em:

<https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras>. Acesso dia: 14 de nov. de 2020.

AZEVEDO, Tasso Rezende. Relatório Anual do Desmatamento no Brasil. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/alerta.mapbiomas.org/relatrios/MBI-relatorio-desmatamento-2019-FINAL5.pdf>. Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

Atuações das ONGs sobre o Meio Ambiente. BIOMANIA, 2020. Disponível em: <https://biomania.com.br/artigo/atuacoes-das-ongs-sobre-o-meio-ambiente#:~:text=As%20Organiza%C3%A7%C3%B5es%20N%C3%A3o%2DGovernamentais%20(ONGs,pesquisas%2C%20educa%C3%A7%C3%A3o%20ambiental%2C%20etc.&text=Outra%20forma%20de%20atua%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,que%20envolvem%20a%20Meio%20Ambiente. > Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

BARRETO, Paulo; PEREIRA, Ritaumaria; ARIMA, Eugênio. A pecuária e o desmatamento na Amazônia na era das mudanças climáticas. Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.

Belém, 2008.

BERTÉ, Rodrigo. Gestão socioambiental no Brasil / Rodrigo Berté. - Curitiba: InterSaberes, 2013.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Polinizadores em risco de extinção são ameaça à vida do ser humano. 2014. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/informma/item/9976-polinizadores-em-risco-de-extin%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-amea%C3%A7a-%C3%A0- vida-do-ser-humano.html>. Acesso: 08 de set. De 2020.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Geografia. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

Brasil perdeu área de vegetação nativa equivalente a 10% do território nacional entre 1985 e 2019. MAPBIOMAS, 2020. Disponível em: <https://mapbiomas.org/noticias>. Acesso dia: 14 de nov. de 2020.

CURY, Anay. Transgênicos são 93% da área plantada com soja, milho e algodão. 2016. Disponível em <http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2016/08/transgenicos- sao-93-da-area-plantada-com-soja-milho-e-algodao.html>. Acesso em: 08 set. 2020.

COSTA, Nara. Sensoriamento Remoto: diagnóstico e planejamento de áreas e processos. Disponível em:<http://geoeduc.com/2020/01/29/sensoriamento-remoto-diagnostico-e-planejamento-de-areas-e-processos/>. Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

CORTEZ, Ana Tereza; ORTIGOZA, Silvia Aparecida G. Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura

Acadêmica, 2009. Disponível em: <https://static.scielo.org/scielobooks/n9brm/pdf/ortigoza

9788579830075.pdf>. Acesso: 20 de agosto de 2020.

COWSPIRACY. O segredo da sustentabilidade. Direção de Kip Andersen. Produção de Leonardo Dicaprio. Roteiro: Keegan Kuhn. Los Angeles: Sn, 2014. Son., color. Legendado.

FERREIRA, Aracéli Cristina de Sousa. Contabilidade ambiental.2 ed, São Paulo: Atlas, 2006.

FUNDAÇÃO HEINRICH BÖLL. Atlas da carne: fatos e números sobre os animais que comemos. 2016. Fundação Heinrich Böll.

Disponível em:<https://br.boell.org/sites/default/files/atlas_da_carne_2_edicao_-_versao_final-_bollbrasil.pdf>. Acesso dia 25 de agosto de 2020.

FUHRMAN, Joel; PHILLIPS, Robert B. Fast-food genocide. Canada: Harper One, 2007. Disponível em: <https://b-ok.lat/book/3381702/5992ae>. Acesso: 20 de agosto de 2020.

Food and Agriculture Organization of the United Nations. Key Facts and Findings. FAO, 2020. Disponível em: <http://www.fao.org/news/story/en/item/197623/icode/>. Acesso: 30 de agosto de 2020.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATISTICA. PESQUISAS TRIMESTRAIS DE PECUÁRIA. Manual Técnico. Disponível em:<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/instrumentos_de_coleta/doc3558.pdf>. Acesso: 23 de agosto de 2020.

Imagens de satélite: Como são obtidas e utilizadas? INSTITUTO PRISTINO, 2019. Disponível em:<https://institutopristino.org.br/imagens-de-satelite-como-sao-obtidas-e-utilizadas/>. Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

KRANTZ, Rachel. Novo estudo da ONU mostra que poluição do ar e da água causa milhões de mortes anualmente. MERCY

FOR ANILMALS, 2019. Disponível: <https://mercyforanimals.org.br/hambrguer-vegano-que-imita-carne-de-verdade>. Acesso dia 01 de set. de 2020.

LORENZETT, Juliana Benitti et al. Sacolas plásticas: uma questão de mudança de hábitos. 2013.

NETO, Walter Costa et al. Água e polinização: qual a importância dessa relação para a vida na

terra. 2015. Ministério do meio ambiente.

Disponível em:<http://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/57-polinizadores.html>. Acesso dia: 08 de set de 2020.

Nossas raízes. IMAFLORA, 2020. Disponível em: <https://www.imaflora.org/quem-somos/sobre

nos>. Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

O instituto. ICMBIO, 2020. Disponível em:<https://www.icmbio.gov.br/portal/oinstituto>. Acesso

dia: 14 de nov. de 2020.

ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarnieri. GEOGRAFIA E CONSUMO: DINÂMICAS SOCIAIS E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO. 2009. 283 f. Tese (Livre docência) – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2009.

ORTIGOZA, Silva Aparecida Guarnieri. ALIMENTAÇÃO E SAÚDE:AS NOVAS RELAÇÕES ESPAÇO-TEMPO E SUASIMPLICAÇÕES NOS HÁBITOS DE CONSUMO DE ALIMENTOS. 2008. Disponível em:<https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/14247>. Acesso: 04 de set. 2020.

ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarnieri. O tempo e o espaço no centro da metrópole paulista. 2001.208 f. Tese (graduação). Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, SP,2001.

ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarnieri. Paisagens do consumo: São Paulo, Lisboa, Dubai e Seul. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579831287. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/109158>. Acesso dia 27 de agosto de 2020.

Pastagens. EMBRAPA, [201-?]. Disponível em:

<https://www.embrapa.br/agrobiologia/pesquisaedesenvolvimento/pastagens#:~:text=No%20Brasil%20existem%20aproximadamente%20200,estado%20em%20que%20se%20encontram.>. Acesso dia: 14 de nov. de 2020.

Quem somos. SVB, 2017. Disponível em:<https://www.svb.org.br/svb/quem-somos>. Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

RICHARDSON, R.J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 1999.

ROWLAND, Michael Pellman. Empresas de fast-food: o inimigo agora é outro. FORBES, 2019. Disponível em: <https://forbes.com.br/negocios/2019/04/empresas-de-fast-food-o-inimigo-agora-e-outro/>. Acesso 05 de set.de 2020.

Rebanho bovino reduz em 2018, em ano de crescimento do abate e exportação. ESTATÍSTICAS ECONÔMICAS, 2020. Disponível em: <https://censo2021.ibge.gov.br/2012-agencia-de

noticias/noticias/25483-rebanho-bovino-reduz-em-2018-em-ano-marcado-por-altas-no-abate-e

exportacao.html>. Acesso dia: 14 de nov. 2020.

SCHUCK, Cynthia. LUGLIO, Alessandra; CARVALHO, Guilherme. Maior parte dos grãos vira ração, e não alimento humano. 2018.

Época negócios. Disponível em:<https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2018/04/maior-parte-dos-graos-vira-racao- e-nao-alimento-humano.html>. Acesso dia 30 de agosto de 2020.

SHARMA, Shefali. A ascensão dos gigantes da carne: a indústria extrativa do Brasil. 2017. Fundação Heinrich Böll. Disponível em: <https://br.boell.org/sites/default/files/gigantes_da_carne_

fundacao_boll_brasil._pdf.pdf>. Acesso dia 25 de agosto de 2020.

Uma Organização Nacional. WWF, 2020. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/wwf_brasil/>.

Acesso dia: 15 de nov. de 2020.

VILAR, José Wellington Carvalho. Geografia da produção, circulação e consumo. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2011. VOCÊ SABE QUAIS ALIMENTOS SÃO EMBUTIDOS. HOSPITAL SIRIO-LIBANES, 2019. Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Voce-sabe-quais-alimentos-sao-embutidos.aspx>. Acesso dia 06 de set. de 2020.

WWF. Solucionar a poluição plástica: transparência e responsabilização. 2019. Disponível em: <

<https://www.wwf.org.br/?70222/Brasil-e-o-4-pais-do-mundo-quemais-gera-lixo-plastico#> Acesso: 07 de set. de 2020.

Downloads

Publicado

30.08.2021

Como Citar

UMA VISÃO GEOGRÁFICA ACERCA DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE CONSUMO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO FAST-FOOD . (2021). INTERNATIONAL JOURNAL EDUCATION AND TEACHING (PDVL) ISSN 2595-2498, 4(2), 33-51. https://ijet-pdvl.institutoidv.org/index.php/pdvl/article/view/208

Artigos Semelhantes

1-10 de 57

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.