CADEIAS DE MARKOV APLICADO A RUÍNA DO JOGADOR COMO ARGUMENTO CONTRA APOSTAS

Resumo

O presente artigo tem como objetivo investigar, usando como ferramenta argumentativa as cadeias de Markov, a probabilidade de ruína do jogador em jogos de azar, tomando como base o jogo “Fortune Tiger”. A análise parte do questionamento sobre a viabilidade de estratégias de apostas e propõe uma abordagem matemática, a fim de mostrar como as chances envolvidas levam o jogador à ruína, independente do estilo de aposta. Temos por base teórica o uso das cadeias de Markov, um modelo probabilístico que permite analisar processos estocásticos de forma a identificar a transição entre estados possíveis, como vitórias e derrotas consecutivas em um jogo. Neste caso, olhamos em especial para uma aplicação no problema adaptado da ruína do jogador, que é frequentemente discutido no campo da teoria dos jogos e probabilidade. A metodologia consiste em aplicar o problema da ruína com dados probabilísticos extraídos através de medições no jogo em questão, e comparar o resultado com simulações númericas feitas em python, usando como critério de análise a transição de estados no decorrer do jogo em duas situações diferentes, a saber, no caso em que a banca possui mais dinheiro que o apostador, e no caso em que apostador e banca possuem valores iguais. Os resultados confirmam a hipótese de que, independente do estilo ou estratégia de aposta, o jogador enfrenta uma probabilidade alta de ruína a medida que o números de jogadas aumenta. Tais resultados fortalecem o argumento contra a viabilidade dos jogos de aposta, destacando a inevitabilidade da perda, mesmo em cenários onde o jogador adota estratégias conservadoras.