AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO SEXUAL E REPRODUTIVA NO AMBIENTE ESCOLAR: CONFORME A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO

Resumo

A pesquisa em questão aborda como a temática sexual e reprodutiva a partir do Ensino de Biologia, é vivenciada conforme a percepção e conhecimentos de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública do Sertão brasileiro. Esta investigação busca identificar quais os conhecimentos e inquietações desses estudantes sobre saúde sexual e reprodutiva, bem como, se as metodologias educacionais vivenciadas cumpriram seus objetivos conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais e as diretrizes do Ministério da Saúde. Para tanto, utilizou-se referencial bibliográfico, obtidos a partir da base de dados da Scielo e Google Acadêmico, incluindo também livros e o documento de orientação sexual proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais enquanto tema transversal nos currículos escolares. No que se refere ao aspecto metodológico, à pesquisa foi de natureza mista, ou seja, é qualitativa e quantitativa, utilizando-se de levantamento de dados e pesquisa de campo com 28 estudantes do 1º Ano do Ensino Médio. Os dados foram coletados através da aplicação de questionários, contendo oito perguntas de múltipla escolha e também através de observação participante nas aulas de Biologia. A maioria dos estudantes relataram que são sexualmente ativos e apesar de vivenciarem ações de educação sexual na escola, os resultados apresentados no estudo apontam a desinformação existente entre os estudantes no que se refere à temática da sexualidade, a resistência dos pais para abordagem desse assunto no seio familiar e a necessidade de práticas pedagógicas pautadas pelo acolhimento. Há uma necessária mudança de abordagem nas atividades pedagógicas de educação sexual, que favoreçam a informação e educação, através de metodologias capazes de atender as demandas existentes sobre o assunto. A partir disso, verificou-se a necessidade de ampliar a discussão sobre a temática tanto no seio familiar como escolar, visando romper o preconceito, tabus e resistências que impedem, ou dificultam, esse diálogo. Os dados demonstraram que os estudantes necessitam ser efetivamente educados para vivência da sexualidade de forma saudável, autônoma e responsável.