FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NUMA PERSPECTIVA MULTICULTURAL: O LUGAR DAS NARRATIVAS ORAIS NAS ESCOLAS
O LUGAR DAS NARRATIVAS ORAIS NAS ESCOLAS
Palavras-chave:
Narrativas orais, Formação de professores, Multiculturalismo.Resumo
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o trabalho pedagógico com as narrativas orais numa perspectiva multicultural a partir de um curso de formação continuada de professores. Apresenta reflexões e sugestões resultantes de uma pesquisa qualitativa de cunho participativa com 15 (quinze) professores da Educação Básica, da cidade de Tapiramutá/Bahia. Para tanto, tomamos como percurso teórico as perspectivas de Candau e Moreira (2008), Giroux e Simon (1994) e Iveniki (2018). No texto, discute-se em linhas gerais as potencialidades pedagógicas das narrativas orais como forma de superação da visão antagônica, dicotômica, de fala e escrita, a qual faz-se evidente no contexto escolar e até mesmo no currículo, em que a ênfase recai sob a escrita. Além da riqueza cultural, percebemos que as narrativas orais são fontes de encantamento para os ouvintes e/ou leitores que são seduzidos por uma linguagem simples, de cunho coloquial, marcada por regionalismos e variações de gênero, que facilita o entendimento e interpretação, além de aproximar e atrair os sujeitos envolvidos. Expõe como resultados razões para inserirmos as narrativas nas práticas escolares além de sugestões de propostas de atividades indicadas pelos professores em formação, para o uso das narrativas orais no cotidiano escolar. Consideramos que o curso Narrativas orais - Entrelaces com as práticas pedagógicas cumpriu o papel e objetivos que foram delineados, principalmente no que tange ao diálogo com os contadores de histórias e suas riquezas culturais, bem como para a reflexividade das temáticas a partir das ações educativas com vistas a uma educação para a pluralidade cultural, orientado pela perspectiva multicultural
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