TENSÃO SUPERFICIAL NO ENSINO DA QUÍMICA: UMA PRÁTICA EXPERIMENTAL E UM JOGO DIDÁTICO COM BASE NO CICLO DA EXPERIÊNCIA KELLYANA.
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v2i1.89Palavras-chave:
Ensino de Química, Experimentação, Jogo Didático, CEKResumo
A evasão nos cursos de licenciatura é um problema que vem sendo estudado há muito tempo, principalmente na área de química, na qual os relatos estão sempre relacionados às práticas de ensino desde o Ensino Médio, que na maioria das vezes é marcada pela abordagem Tradicional, em que os estudantes devem apenas memorizar e reproduzir conteúdos, sem nenhuma conexão com seu cotidiano, permitindo assim, um distanciamento dos estudantes e a disciplina. Outro ponto a ser considerado é realização de práticas experimentais que são importantíssimas na área de química, e que muitas vezes não são feitas por falta de espaço e materiais em laboratórios, colaborando ainda mais para o desinteresse dos estudantes para a química. De forma a dinamizar o ensino de química, o artigo tem por objetivo analisar o desenvolvimento de uma atividade experimental e um jogo didático para o conteúdo de “Tensão superficial” baseado no Ciclo da Experiência Kellyana - CEK. O trabalho é oriundo de atividades de extensão realizadas a partir do Programa Internacional Despertando Vocações para as Licenciaturas (PDVL) e para sua execução, realizamos um experimento no conteúdo de tensão superficial, utilizando como base metodológica o Ciclo da Experiência Kellyana – CEK, de George Kelly (1963), que é composto por cinco etapas: Antecipação, Investimento, Encontro, Confirmação ou desconfirmação e Revisão Construtiva. Os sujeitos da pesquisa foram 30 estudantes da primeira série do Ensino Médio da Escola de Referência Dias Cardoso, na cidade de Vitória de Santo Antão-PE. A partir do estudo, percebemos que os estudantes destacaram que o uso de experimentos e de jogos no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de química fazem total diferença, relatando, que “aulas assim são mais dinâmicas” e ”conseguimos compreender o conteúdo com mais facilidade”. Assim, concluímos que a utilização de experimentos e de jogos didáticos, quando aliados ao CEK, são eficazes para a construção de conhecimentos.
Referências
DELORS, J. Educação: um Tesouro a Descobrir. 1ª Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
GALLIAZZI, M. C. et al. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como formação de professores de ciências. Ciência e Educação. v.7.n. 2. 2001. p. 249-263.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL-PEREZ, D. Contribuición de la Historia y de la filosofía de las Ciencias al desarollo de un modelo de enseñanza e aprendizaje como investigación. Enseñanza de las Ciencias. v. 11, n. 2, 1993. p. 197-212.
GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, 1999.
HARTWIG, D. R.; DOMINGUES, S. F. Equilibração entre os pontos qualitativos e quantitativos no ensino de química. Química Nova, Campinas, v. 8, n. 2, p.116-119, 1985.
KELLY, G. A. A theory of personality: the psychology of personal constructs. New York: W. W. Norton, 1963.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. 1ª ed. São Paulo: Pioneira, 1994.
LIMA, J. F. L.; et al. A contextualização no ensino de cinética química, Química Nova na Escola. 11, 26-29, 2000.
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H.; ROMANELLI, L. I. A proposta curricular de Química do estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova, v. 23, n. 2, 2000.
POZO, J. I. Teorias Cognitivas da Aprendizagem. 3ª ed. Tradução de J. A. Llorens. Porto Alegre: Artmed, 1998. 284p.
SANTOS, W. L. P.; SCHNETZLER, R. P. Educação em Química: compromisso com a cidadania. 2ª Ed., Ijuí, Editora Unijuí, 2000.
WELLINGTON, J. (ed.) Practical Work in School Science. London: Routledge. 1998.
ZANON, D.A.V.; GUERREIRO, M.A.S.; OLIVEIRA, R.S. Jogo didático Ludo Químico para o ensino dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciência e Cognição. v. 13, 2008. p. 72-81.