BIO EVOLUTION: JOGO DE TABULEIRO NO ENSINO DE EVOLUÇÃO EM AULAS VIRTUAIS
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v5i1.203Palavras-chave:
Ensino Médio, Evolução, Jogo didático, Metodologia ativa, VirtualResumo
O presente artigo apresenta a aplicação de um jogo de tabuleiro em turmas de Biologia do 3º ano do Ensino Médio durante as aulas remotas no Instituto Federal do Piauí - Campus Teresina Central. Dentro do contexto da pandemia do SARS-COV 2, muitas escolas adotaram o modelo de aulas virtuais, a partir disso, muitas complicações surgiram desde 2020 e uma delas é a forma de ensinar, em que, apesar de ferramentas tecnológicas serem utilizadas, a falta de contato e interações afetam a qualidade do ensino, por isso, faz-se necessário o uso de metodologias ativas que vão motivar os alunos e tornar a aprendizagem mais interessante e dinâmica. Em biologia, alguns conteúdos são transversais e atemporais, como é o caso da Evolução Biológica, estudada desde o Ensino Fundamental, até suas formas mais aprofundadas. A partir dessa necessidade foi criado o jogo de tabuleiro Bio Evolution com o objetivo de validar o uso de metodologias ativas e analisar a aprendizagem decorrente de sua execução nos conteúdos de Evolução. Para isso, foram elaborados três formulários, o primeiro contendo questões relativas ao perfil dos alunos e específicas de Evolução, que foi aplicado antes do jogo didático. O segundo questionário contendo questões de avaliação do jogo didático e da metodologia utilizada e também possui questões específicas do conteúdo de Evolução retiradas da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB). E finalmente, o terceiro formulário que foi um simulado, aplicado 5 dias após a aplicação do jogo, contendo cinco questões da OBB, para validação de aprendizagem. A partir da análise dos resultados foi verificado que os alunos demonstraram uma aprendizagem significativa dos principais conceitos de Evolução Biológica e se mostraram muito satisfeitos com a metodologia. Concluindo, apesar de algumas dificuldades acontecerem durante o processo de ensino-aprendizagem, as metodologias ativas são grandes incentivos à participação ativa dos alunos e contribuem para relações saudáveis de competição e cooperação.
Downloads
Referências
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola. 2003.
ALTERS, B. J.; NELSON, Craig E. Perspective: Teaching evolution in higher education. Evolution, v. 56, n. 10, p. 1891-1901, 2002. DOI: https://doi.org/10.1111/j.0014-3820.2002.tb00115.x
ARAÚJO, I. Gamificação: metodologia para envolver e motivar alunos no processo de aprendizagem. Educação na Sociedade do Conhecimento, Salamanca, Espanha, v. 17, ed. 1, p. 87-107, 2016. Disponível em: https://www.torrossa.com/en/resources/an/3139727. Acesso em: 2 set. 2021.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec. 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio
Biologia. Brasília: MEC, 2017.
Burke, B. GAMIFY: How Gamification Motivates People to do Extraordinary Things. EUA: Gartner, Inc. 2014.
DARWIN, C. A origem das espécies. 3. ed. São Paulo: Editora Martin Claret. 1859 [2004].
DODICK, J.; DAYAN, A.; ORION, N.. Philosophical approaches of religious Jewish science teachers toward the teaching of ‘controversial’ topics in science. International Journal of Science Education, v. 32, n. 11, p. 1521-1548, 2010. DOI: https://doi.org/10.1080/09500690903518060
FERREIRA, Maíra da Silva Navarro; SILVA, Edson Pereira da. Jogos tipo “bean bag” em aulas de evolução. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências: Belo Horizonte, v. 19, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172017190112
GONZAGA, G. R.; MIRANDA, J. C.; FERREIRA, M. L.; COSTA, R. C.; FREITAS, C. C. C.; FARIA, A. C. de O. Jogos didáticos para o ensino de Ciências. Educação Pública, v. 17, nº 7, p. 1-11, 2017.
HALL, G. E.; WOIKA, S. A. The fight to keep evolution out of schools: The law and classroom instruction. The American Biology Teacher, v. 80, n. 3, p. 235-239, 2018. DOI: https://doi.org/10.1525/abt.2018.80.3.235
Kapp, K. M. The Gamification of Learning and Instruction: Game-based methods and strategies for training and education. Pfeiffer: San Francisco. 2012. DOI: https://doi.org/10.1145/2207270.2211316
LERNER, Lawrence S. Good science, bad science: Teaching evolution in the states. 2000.
LEVINSON, R.; TEIXEIRA, P. P. Crenças religiosas e evolução: um modelo para o diálogo em aula. Revista de Ciencias de la Información, Alexandría, v. 11, n. 1, p. 195-216, 2018. DOI: https://doi.org/10.5007/1982-5153.2018v11n1p195
MARTINS, L. A-C. P. A herança de caracteres adquiridos nas teorias “evolutivas” do século
XIX, duas possibilidades: Lamarck e Darwin. Filosofia e História da Biologia, São Paulo, v.10, n.1, p.67-84, 2015.
MENDONÇA, V. L. Biologia: o ser humano, genética, evolução. 3. ed. São Paulo: AJS, 2016. 388 p. ISBN 978-85-8319-122-3.
MOORE, D.; HOLBROOK, C. T.; MEADOWS, M. G.; TAYLOR, L. A. The mating game: a classroom activity for undergraduates that explores the evolutionary basis of sex roles. The American Biology Teacher, California, v. 74, n. 9, p. 648-651, nov/dez. 2012. DOI: https://doi.org/10.1525/abt.2012.74.9.9
MOREIRA, C. Seleção Artificial. Revista de Ciência Elementar. Porto, Portugal, v. 3, n. 3, p. 164, out. 2015. Disponível em: https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2015/164/. Acesso em: 02 set. 2021. DOI: https://doi.org/10.24927/rce2015.164
MOREIRA, J. A.; MONTEIRO, A. M. Ensinar e aprender online com tecnologias digitais: abordagens teóricas e metodológicas. Porto: Porto Editora, 2012.
NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa - características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em Administração, São Paulo, v.1, nº 3, 2º sem. 1996.
SÁNCHEZ, I.; PERIS, F. J. Gamificación. Education in the Knowledge Society (EKS), v. 16, n. 2, p. 13-15, 1 jul. 2015. Disponível em: https://revistas.usal.es/index.php/eks/article/view/eks20151621315. Acesso em: 28 jul. 2021. DOI: https://doi.org/10.14201/eks20151621315
SIANI, M.; YARDEN, A.. Evolution? I don’t believe in it. Science & Education, v. 29, n. 2, p. 411-441, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s11191-020-00109-7
SILVA, M. T.; SANTOS, C. M. D. Uma análise histórica sobre a seleção natural: de Darwin-
Wallace à síntese estendida da Evolução. Revista de Educação em Ciências e Matemática,
v.11, n.22, p.46-61, 2015. DOI: https://doi.org/10.1097/01.NUMA.0000473484.50838.da
RIDLEY, M. Evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006a.
RIDLEY, M. Evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006b.
RIDLEY, M. Evolução. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 752 p.
SAS - Plataforma de Educação. Disponível em: https://blog.saseducacao.com.br/ferramentas-digitais-interativas/. Acessado em: 02 set. 2021.
TIDON, R. A teoria evolutiva de Lamarck. Genética na escola. v.9, n.1, p.64-70, 2014. DOI: https://doi.org/10.55838/1980-3540.ge.2014.173
TIDON, R.; LEWONTIN, R. C. Teaching evolutionary biology. Genetics and molecular biology, v. 27, n. 1, p. 124-131, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-47572004000100021
ZICHERMANN, G., & LINDER, J. The gamification Revolution: how leaders leverage game mechanics to crush the competition. EUA: Mc Graw Hill Education. 2013.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ana Beatriz Araújo Dantas, Jeiza Diely S. Albuquerque Ferreira, Francisco de Assis Diniz Sobrinho (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.