CONHECIMENTO, PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOBRE AS SERPENTES NATIVAS DO CERRADO EM UMA REGIÃO SULDOESTE DO ESTADO PIAUIENSE
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v6i3.292Palavras-chave:
cerrado, conservação, educação ambiental, etnoherpetologia, serpentesResumo
As serpentes são animais que fazem parte do grupo dos vertebrados e desempenham funções importantes na natureza, seja no controle biológico e/ou para pesquisas para a medicina. No entanto, este grupo são frequentemente alvo de repulsa por parte da população, devido ao medo associado à sua reputação de animais peçonhentos, sendo frequentemente perseguidas e mortas indiscriminadamente. No contexto da Educação Ambiental, o acesso à informação científica pode desempenhar um papel crucial no enfrentamento para conservação das serpentes. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de conhecimento da população de uma microrregião no sul do estado do Piauí, sobre as serpentes nativas da região, seus serviços ecológicos e conservação. Além disso, foi realizada ação de educação ambiental voltada para conservação e preservação das serpentes nativas da região do Bioma Cerrado, através de uma cartilha. O público alvo foram os moradores de Uruçuí-PI), e alguns de cidades circunvizinhas. Para isso, um questionário foi disponibilizado por meio de redes sociais, com a finalidade de verificar o conhecimento e percepção da população alvo sobre as serpentes nativas da região. Os resultados revelaram um entendimento geral sobre a importância ecológica das serpentes, incluindo seu papel no controle de pragas e na medicina. No entanto, muitos ainda mantêm medo e aversão, refletidos em prontidão para matar esses animais em ambientes urbanos. Esse medo destacou a necessidade de programas educacionais contínuos, focados em desmitificar as serpentes e promover a coexistência harmoniosa. Além disso, a pesquisa enfatiza o potencial das redes sociais como ferramentas eficazes para disseminar conhecimento científico de maneira acessível e atraente. No entanto, a necessidade de expandir a conscientização sobre as serpentes vai além do ambiente digital. É fundamental incorporar práticas educacionais na vida diária das pessoas, encorajando uma coexistência pacífica e a preservação ativa dos ecossistemas naturais.
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