FORMAÇÃO DE PROFESSORES E INCLUSÃO

METÁFORA DA BIPIRÂMIDE TRIANGULAR NO PLANEJAMENTO DE AULAS INCLUSIVAS DE QUÍMICA PARA OUVINTES E SURDOS

Resumo

A educação é um direito fundamental para o desenvolvimento pleno do cidadão. No contexto do Ensino de Química, a inclusão na formação de professores enfrenta desafios, especialmente devido ao despreparo docente e, no caso de estudantes surdos, à falta de sinais-termo específicos na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Diante dessa problemática, este trabalho teve como objetivo analisar a Metáfora da Bipirâmide Triangular (MBT) como uma ferramenta didática para subsidiar o planejamento de aulas potencialmente inclusivas no âmbito da formação de professores. Na MBT, o conhecimento químico é estruturado em cinco níveis de representação: simbólico, microscópico, macroscópico, elemento humano e inclusão. A pesquisa, de natureza quali-quantitativa, foi conduzida em três etapas: (1) aplicação de um pré-teste, (2) ministração de aulas sobre a MBT, nas quais onze licenciandos em Química prepararam suas propostas de aulas de forma colaborativa, e (3) aplicação de um pós-teste. Os resultados evidenciaram que a utilização da MBT estabeleceu condições favoráveis à elaboração de práticas pedagógicas mais acessíveis para ouvintes e surdos, demonstrando, por meio dos dados do pós-teste, que os estudantes mobilizaram seus conhecimentos para o desenvolvimento de aulas potencialmente inclusivas. Como perspectiva, é fundamental divulgar e discutir amplamente a MBT para promover o planejamento, a execução e a avaliação de abordagens inclusivas no Ensino de Química, enquanto refletimos criticamente sobre nossa formação como professores. A inclusão deve ser uma prioridade em nossa prática pedagógica.