O LUGAR DA EXPERIMENTAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUÍMICA E SUAS RELAÇÕES COM A PROPOSTA AVALIATIVA DO CURSO
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v6i1.248Palavras-chave:
formação de professores, ensino de química, experimentação construtivista, avaliação de quarta geraçãoResumo
Esta pesquisa teve como objetivo “Analisar o lugar da experimentação e sua proposta de avaliação presente nos projetos pedagógicos dos cursos de Licenciatura em Química. A pesquisa é do tipo documental, com abordagem qualitativa, feita através de um estudo de documentos institucionais, disponíveis no site da instituição pesquisada. Foram investigados 3 campi da referida instituição, que ofereciam cursos de Licenciatura em Química na modalidade Presencial. Para a coleta e construção dos dados, utilizamos como instrumentos, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) da Licenciatura em Química tendo como foco os aspectos relacionados à Experimentação e sua proposta de Avaliação. Os dados foram analisados, tomando como base os aportes teóricos da Experimentação Construtivista de Alves Filho (2000) e as Gerações da Avaliação de Guba e Lincoln (2011). Após nossa pesquisa, observamos que, mesmo a Química tendo uma natureza, essencialmente, experimental, nos cursos de formação de professores de Química investigados, a experimentação não tem espaço privilegiado, pois em seus Projetos Pedagógicos a experimentação é apresentada de forma tímida, e apenas nos componentes curriculares da área específica encontram-se emendas que fazem menção. E, apesar de apresentarem propostas avaliativas inovadoras de Quarta Geração, em nenhum momento é tratada uma proposta avaliativa específica para as atividades experimentais.
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