INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO DE QUÍMICA: DESENVOLVIMENTO DE UM KIT DIDÁTICO PARA O ESTUDO DA TEORIA DA DISSOCIAÇÃO ELETROLÍTICA DE ARRHENIUS
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v3i2.135Palavras-chave:
Kit Didático, Educação Inclusiva, Ensino de Química, Deficiência VisualResumo
As aulas práticas de Química no Ensino Médio são de suma importância para sua compreensão, visto que esta é uma ciência basicamente experimental. A crescente ação da Educação Inclusiva em escolas públicas e privadas têm exigido a reformulação da prática pedagógica do professor de Química e a elaboração de materiais didáticos que atendam às diversas necessidades dos alunos quanto às aulas teóricas e experimentais desta disciplina. Face essas considerações, este trabalho procurou desenvolver e avaliar um kit didático inclusivo sobre a Teoria da Dissociação Eletrolítica de Arrhenius em uma turma do 1° ano do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio de Música do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus I, João Pessoa. O kit didático foi confeccionado com materiais de fácil aquisição e de baixo custo, sendo o mesmo acompanhado por uma apostila elucidativa escrita em braille e na escrita normovisual. Ao longo das aulas de Química a cerca do respectivo assunto, os alunos deficientes visuais e normovisuais puderam com a utilização do kit estabelecer, durante o processo de aprendizagem, correlações significativas entre a experimentação e os referidos conceitos teóricos. Avaliou-se por meio de avaliações quantitativa e qualitativa a aprendizagem dos alunos, e também quanto a eficiência e a acessibilidade do recurso didático. Constatou-se que o kit didático é acessível a todo e qualquer aluno, apontando, por conseguinte, para os anseios da Educação Inclusiva. Em consequência desta observação e avaliação, ressalta-se a relevância que o kit didático confeccionado denotou durante as aulas, proporcionando atividades experimentais acessíveis a alunos deficientes visuais e normovisuais, além de evidenciar resultados significativos no que tange à compreensão sobre o assunto Teoria da Dissociação Eletrolítica de Arrhenius por parte de alunos deficientes visuais.
Referências
MANZINI, E. J. A entrevista na pesquisa social. Didática, São Paulo, v. 26/27, p. 149-158, 1991.
MARTINS, G. de A. Estudo de caso. São Paulo: Atlas, 2008.
Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). PCN + Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002.
MOREIRA, I. C. A Inclusão Social e a Popularização da Ciência e Tecnologia no Brasil. Revista Social, Brasília, v. 1, n. 2, p.11-16, abr./set. 2006.
NUNES, B. C. ; DUARTE, C. B. ; PADIM, D. F ; MELO, I. C. ; ALMEIDA, J. L. ; TEIXEIRA JUNIOR, J. G. . Propostas de Atividades Experimentais Elaboradas por Futuros Professores de Química para Alunos com Deficiência Visual. In: XV Encontro Nacional de Ensino de Química, 2010, Brasília/DF. XV Encontro Nacional de Ensino de Química, 2010. Disponível em:< http://www.xveneq2010.com.br/resumos/R1092-1.pdf> Acesso em: 20 de agosto de 2011.
PIRES, R. F. M. Proposta de Guia para Apoiar a Prática Pedagógica de Professores de Química em Sala de Aula Inclusiva com Alunos que Apresentem Deficiência Visual. 2010. 158f. Tese (Mestrado) – Universidade de Brasília, 2010.
SASSAKI, R. K. As Escolas Inclusivas na Opinião Mundial. Disponível em: < http://www.entreamigos.com.br/escolasinclusivas>Acesso em: 1 de out. de 2019.
SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7. Ed. Rio de Janeiro: WVA, 2006.
SANTOS, W. L. P.; MALDANER, O. A. Ensino de Química em foco, Editora Unijui, 2010.
SOUZA, K. A. F. D.; CARDOSO, A. A. A formação em Química discutida com base nos modelos propostos por estudantes de pós-graduação para o fenômeno de dissolução. Química Nova, 32 (1), 2009, p. 250.